terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Televisões, telejornais e outras desilusões...

É impossível assistir a um telejornal seja ele do canal que for, sem apetecer atirar um sapato ao televisor (quem conseguir o sacrifício, tenho a certeza que no dia seguinte fica é em casa com uma depressão), é só desgraças, desgraças e mais desgraças, será que neste país não acontece nada de bom digno de ser comentado? Eu imagino que o que vende é mesmo a desgraça, mas por favor vamos lá ter um bocado de tento nisto. Quando subiam as taxas de juro era sempre noticia de abertura dos telejornais, até faziam reportagens sobre; o montante que ia subir, quantas vezes ia ter que deixar de comer carne e peixe, quantos pares de meias íamos ter que remendar, a necessidade de por o canário e o cão a pão e agua, e outras barbaridades do género. Agora as taxas de juro já baixam á 44 sessões consecutivas e não os vejo dizer que já podemos comer caviar e beber champanhe todos os dias. Os comentadores são também á medida dos telejornais, é o Vasco Pulido Valente com uma dificuldade em pronunciar-se que até arrepia, ainda vai a meio da frase já nós sabemos o que ele vai dizer (não estou a ser jocoso com a saúde do senhor), o Marcelo a fazer lembrar um vendedor das feiras do livro (daqueles que foram resgatados, para irem lá fazer uma perninha, e querem vender os livros todos numa hora), e depois aquele tique de tirar o relógio do pulso e coloca-lo na mesa, parece que esta a ganhar ao minuto e quer conferir a factura no fim, já para não falar; no (new look) da Manuela, no Vitorino que parece aquele miudo que pica o outro com o alfinete, e foge a seguir, etc... por favor tenham lá pena de nós. As pessoas precisam, é de quem as anime, de quem faça com que de manhã, quando põem os pés fora da cama, não estejam já derrotados para um dia longo que se avizinha, mas sim com uma vontade tremenda (como se estivessem ao lado de D. Afonso Henriques, para mais uma batalha).

2 comentários:

Anônimo disse...

Mt bem visto concordo em tudo, ate no pormenor do relogio do marcelo.

Anônimo disse...

Bem comentado e oportuno.