Eles ai estão em todas as esquinas e cantos, à uns tempos fomos invadidos pelos seus produtos, não satisfeitos acabamos por ter direito ao pacote completo, vieram também os chineses.Os primeiros que apareceram abriam pequenas lojas em sítios que ninguém queria e mesmo assim conseguiam vender os produtos com margens de lucro monstruosas, vendendo os mesmos produtos no mínimo ao triplo dos outros comerciantes.
Estes vendendo exactamente os mesmos produtos a menos de metade do preço, em lojas muito mais bem situadas e com um atendimento sem comparação em todos os aspectos, mesmo assim não facturavam nem um terço do que facturava um concorrente Chinês, apenas e só apenas por não terem os olhos em bico.
Este fenómeno deveu-se exclusivamente a ignorância dos consumidores, pois pensavam que quando compravam o mesmo produto nos chineses, estavam a comprar directamente na origem, pensando que estes traziam os produtos no bolso quando vinham da China, não se dando sequer ao trabalho da simples mas fundamental tarefa de comparar o preço sempre que se faz uma compra.
Conseguiam apenas pelo facto de serem Chineses o milagre de ficarem isentos na comparação dos preços por parte dos consumidores, pois estes limitavam-se a pagar o que estava marcado, e mesmo assim ficavam com a sensação que estavam a fazer um negocio da China.
Com o tempo e também com o inicio da crise os consumidores foram obrigados a compararem os preços, foi então que começaram a perceber que o negocio da China era apenas para eles, originando deste modo que o encanto chinês começasse a esmorecer, acabando estes por irem fechando as lojas e procurarem outros mercados ainda virgens nesse encanto, acabando apenas por sobrevirem os que se dedicavam à revenda, inseridos em grandes comunidades em alguns parques industriais.
Com o acentuar da crise a revenda deixou de funcionar, mesmo já com estes a especializarem-se em tipos de produtos quase de primeira necessidade como é o caso do vestuário e calçado, com as fabricas na china a implorarem por escoamento de produto, na maioria dos casos a prontificarem-se a enviarem contentores e contentores de produtos à consignação a esses seus camaradas. Qual a solução?
Começarem a abrir a publico o que até agora era apenas para comerciantes, como os produtos vêem à consignação da China é como se o próprio fabricante tiver a sua própria rede de distribuição. E ai estão eles novamente… mas agora com espaços maiores para que possam albergar toda a mercadoria que esta atolada em pavilhões.
A concorrência que agora os comerciantes vão sofrer por parte dos chineses vai ser mais forte mas também mais desleal, senão vejamos:
- O principal custo numa empresa é a mão de obra, pois quem cumprir as regras, tem que pagar ao pessoal no mínimo o ordenado de lei, mais: subsidio de alimentação, hora para almoço, horas extras, folgas, ferias, seguros, medicina no trabalho, etc. será que os chineses teem esses encargos? Se calhar teem com um ou dois portugueses que empregam, até que os seus primos e conterrâneos aprendam a falar o mínimo dos mínimos português. Mas será que as cumprem com os seus conterrâneos que vemos a comerem arroz de tigela atrás do balcão, que dormem (alias que vivem) nas próprias lojas. Não me parece!
- Nas poucas obras que fazem quando abrem uma loja, os trolhas são chineses, os electricistas são chineses, os carpinteiros são chineses, todos comem e dormem na obra, a maioria dos materiais usados na obra vêem da china, as roupas e calçado que usam são também chineses, a comida que comem è cozinhada por eles e com produtos deles. Em que beneficiam então as nossas empresas ? À primeira vista apenas nos meios de transporte e combustíveis que usam, porque ainda não conseguiram mandar vir da China.
- Nas lojas cerca de 95% (para não dizer 100%) do pessoal é chinês, por isso emprego não geram de certeza, geram sim desemprego nos concorrentes que acabam por fechar, porque simplesmente não conseguem concorrer com estas desigualdades, já nem falo em benefícios fiscais, em emigração ilegal e noutras aberrações que se consta.
Numa coisa temos que lhes tirar o chapéu são um povo muito unido que se ajudam uns aos outros não dando lucro a outros que não sejam chineses, nem aos bancos eles dão um tostão a ganhar, apenas precisam destes para destrocar as notas miúdas em notas de 500. Serão racistas?
Penso que não, aproveitam-se apenas da ignorância dos outros.
Alvarelha
