quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Como combater a crise?

Estou farto da palavra CRISE, é certo que ela existe e está ai, ignora-la é impossível, pois interfere directamente com o nosso dia-a-dia. Mas será que é necessário este massacre a toda a hora?

Não existe canto, onde não se ouça;
Não podemos gastar muito… sabe é a crise!
Então não te tenho visto… onde tens andado? Não tenho saído, sabes é a crise!
Então esta tudo bem contigo? Não, pá… é a crise!
A família está boa? Não, está com a crise!
Oh pá! sim senhor… estás mais magro! Oh pá… é a crise!
Por favorrrrrrrrrrrrrrr !!!

Até agora dizia-se (É a Vida…), agora diz-se (É a crise), vamos lá mas é acabar com isto. Se for necessário, eu próprio meto uma cunha ao (porreiro pá!), ele fala com a (ministra da moda) e retira-se a palavra (CRISE) do dicionário.

Até lá vamos todos fazer o seguinte; vamos valorizar tudo o que temos, a vida que levamos, o simples facto de termos amigos e família que gosta de nós, e acima de tudo dar valor as pequenas coisas que nem imaginamos já que existem.

Ainda se lembram do sabor que tem uma maça, de quanto é confortável o nosso sofá, se ainda se lembram disto, pensem então… como é bom termos; pernas para andar, olhos para ver, mãos para tocar, amigos para visitar, família para abraçar, etc…

Pode até ser um exercício difícil, pois valorizar as pequenas coisas é um defeito do ser humano (nascemos com esse defeito no software), costumo dar estes exemplos: andamos de carro para trás e para a frente, não valorizamos, mas um dia o carro vai a revisão, e então dizemos o que vai ser de mim hoje! , Estamos aqui porreiros, não nos dói nada, não valorizamos, mas de repente surge uma forte dor (seja ela onde for… até rima!), então dizemos, vou morrer !!!

Resumindo palavra CRISE, é proibida, dá multa, não a pronuncie … xiuuu

Um comentário:

Anônimo disse...

a crise está aí e pelo menos não podemos esquecer de onde ela veio.. a crise tata-se do peso financeiro do nosso Estado, ou seja, os elevadíssimos salários e encargos com os funcionários públicos que os Portugueses são obrigados a suportar e o baixíssimo e inaceitável retorno que recebemos daquela classe: na saúde, na educação, na justiça, na tropa , nas câmaras e juntas, nas polícias, nas finanças, etc., porque muito pouco fazem, além de se reformarem muito mais cedo que os outros, aqueles que realmente lhes pagam. Esta é a causa principal da baixa produtividade das nossas empresas, devido à baixa preparação dos cidadãos e aos elevadíssimos impostos, directos e indirectos que, tanto a nível colectivo como a nível individual, temos de pagar. É aqui que o exemplo da Espanha deve ser apontado e seguido. O custo com os funcionários públicos por mil habitantes é 25% mais baixo que em Portugal, além de darem um serviço aos cidadãos Espanhóis substancialmente mais elevado e de maior qualidade. Se conseguirmos lá chegar, será o equivalente a termos o serviço nacional de saúde a custo zero para o erário nosso público. Os efeitos da crise seriam eliminados. Os ganhos existiriam ano após ano, aliviando drasticamente o peso da nossa dívida e permitindo que os nossos filhos não tivessem que suportar estes encargos descomunais durante décadas, fruto do nosso desperdício, ou seja, do luxo que representa termos uma classe de funcionários públicos como a nossa. As novas gerações poderiam ter um futuro mais comparável aos Espanhóis e aos Europeus. O custo dos funcionários públicos é inadmissível e ainda muito mais quando temos também de pagar para além do impostos, a medicina privada, as explicações, cunhas para aprovação de projectos, militares que não servem para nada, a polícias que não descobrem um único caso a não ser que alguém confesse, à justiça inexistente, taxas elevadíssimas nos notários, além dum número obsceno de funcionários reformados com chorudas pensões mas que lá voltaram ao Estado para terem duas ou mais fontes de rendimento; vide o próprio Cavaco, o Manuel Alegre, centenas de políticos e gestores públicos, além de também pouco capazes presidentes de câmara, de juntas e respectivos funcionários, professores, juízes, polícias, militares, gente da saúde, e toda uma classe indecentemente privilegiada. Caros Portugueses, os nossos filhos não poderão suportar tantos encargos. Defendamos o futuro dos nossos filhos.