Mão Morta

Esta ultima sexta-feira eu e mais dois amigos decidimos dedicar a noite á cultura, tarefa nada difícil pois esta banda de culto originaria da nossa cidade, iria actuar em Barcelos. Pusemos então os pés ao caminho, bem nesta caso foram as rodas e toca a rolar ate Barcelos, descobrir onde se situava o auditório S. Bento Beni era a primeira tarefa e que não se adivinhava nada difícil pois um dos amigos expert em localizações depressa a resolveu, ou melhor julgava ter resolvido, parou o carro e apenas com um “vinde atrás de mim”, (agora é que é a vez dos pés ao caminho) toca a seguir o entendido, depois de vários minutos a andar, ouvimos “disseram-me que era aqui”, bem afinal como já perceberam não era nada ali, perguntamos então a dois populares onde seria, disseram-nos que era a cerca e 2 km dali, no carro novamente e já perto do possível lugar, perguntamos novamente a outro popular que fazia a tão famosa e agora na moda (caminhada a favor da elegância) onde seria o tal auditório, este com um sorriso mal disfarçado explicou-nos que era na casa de Saúde S. João de Deus (famoso estabelecimento de saúde mental, mais conhecido pela Casa Amarela), bem não é preciso mais nada, pois esse toda a gente conhece, estava resolvida a primeira tarefa. Como era o meu primeiro concerto deles tudo parecia bater certo, (Mão Morta, Casa Amarela) á primeira vista tudo encaixava, tudo parecia perfeito. Com a primeira tarefa resolvida agora a prioridade era comprar os bilhetes e depois jantar, chegados á tão famosa Casa Amarela e depois de passarmos a portaria a imponência do local era quase assustadora, o auditório era um edifício á parte entre outros dentro das instalações, e não foi difícil encontra-lo, lá compramos os bilhetes, como ainda faltava uma hora para o concerto, resolvemos jantar num restaurante próximo. Encontramos o Bom Gosto, nome sugestivo para restaurante, a especialidade da casa eram os grelhados, sentados já na mesa e munidos da ementa toca a pedir bife grelhado, bem enquanto esperávamos e entre umas azeitonas manhosas, na TV passava a entrevista de dias Loureiro á Judite de Sousa a propósito do BPN (temos aqui matéria rica em todos os sentidos para outro dia), por isso adiante, lá chega o meu bife, meus amigos aquilo não era um bife era sim metade do boi, lá nos explicou o empregado que no Bom Gosto os bifes são assim, escusado será dizer que com um bife daqueles que por acaso estava muito bom, teve que ser acompanhado por um belo maduro que nos deixou sem frio. O ambiente estava perfeito para ver o Adolfo na Casa Amarela, lá fomos nós antes que o frio voltasse, entramos no auditório de cadeiras confortáveis e com uma enorme frase por cima do palco que dizia “ 75 anos ao serviço da saúde mental” tudo parecia encaixar o ambiente era perfeito, não fazia era ideia do que iria aparecer por detrás daquela cortina escura, 22,20h e nada, bem 20 minutos de atraso não e nada para qualquer vedeta que se preze, por isso nada de stress, 22,22h abre a cortina e começa o concerto decibéis e luzes com qualidade acima da media, em relação á banda não me considero qualificado para tecer comentários, apenas posso dizer que de malucos não tem nada, nota-se sim muita qualidade, muita experiencia, nada de exagero nas roupas e penteados, nada de vedetismos aparentes e que por isso e também pelas musicas fiquei fã, vou já hoje comprar pelo menos um álbum deles, já visitei a pagina deles na internet e no próximo concerto lá estarei.